Parei pra pensar (olha, olha, se não é isso que sempre faço, rsrs) e percebi que mal sabemos quem somos realmente. Discordem de mim caso eu esteja exagerando, mas veja se não faz sentido: Passamos a vida inteira nos dividindo entre o que desejamos de fato, o que os outros querem que desejemos, o que os outros pensam que faremos e também o que os outros gostariam se fizessemos... Ou seja, temos sempre que pensar nas coisas levando em consideração bem mais do que uma única otica, que no caso justo seria a nossa!
O problema é que a linha que separa atitudes de desejos é muito ténue, e quase sempre, ainda que sem perceber, ficamos tão bitolados e desmotivados com as próprias vidas que tranformamos o "ter que fazer" em um agradável e sonoro "vou fazer".
Quantas vezes dizemos o que não pensamos pra não ser diferente, ou mesmo fazemos o que não queremos pra não ter que lidar com os comentario, e pior ainda, aquelas tantas vezes em que fingimos estar bem e feliz só pra não ter que admitir diante dos outros que a vida é um tédio, que as pessoas são manequins vazios, e mais do que isso, que os nossos corações não são de papel?
Tantas, tantas e tantas... o problema é que o peso da imagem é tão grande, que não temos força nem mesmo pra nos revoltarmos e gritar para o mundo que o que importa mesmo é ser o que se é. Ainda que a relaidade seja forte demais ou muito agressiva para os bons olhos da sociedade [ironia] perfeita [/ironia] em que estamos enterrados ate o pescoço e que por puro fingimento e comodidade insistimos em dizer que é nosso lar.
Certamente qualquer um viveria bem mais feliz junto a uma tribo pequena e isolada onde se concentrassem todos os "idiotas" da mesma laia que ele. Estou falando dos roqueiros que têm que usar terno pra trabalhar durante a semana e não vêm a hora do fds chegar pra botar a velha e surrada jaqueta de couro e reunir os amigos. E dos skaitistas que não podem ir as belas e honradas igrejas com suas familias usando seus bones brancos, só porque "não combina". Ou dos bons e sensíveis românticos que não podem chorar em público por seu amor, por estarem sujeitos a serem chamados de emo's. E deles tambem, os emo's que vivem isolados e distantes das outras pessoas por serem "sensíveis" demais para se misturarem. E os funkeiros que são taxados de sem cultura (eu mesma sempre faço isso =P) o tempo todo, e que só fazem músicas com baixaria por nunca terem conhecido o que os outros-"pessoas cultas"- intitulam boa música... Em fim, falo por todos: os pobres que vivem amontoados, os ricos solitários, os safados acompanhados, solteiros abandonados, meninas, mocinhas, mulheres, viúvas, os advogados, sociólogos, gays filósofos, peões, taxistas, balconistas, carpinteiros, prostitutas, babas, bêbados, desdentados, letrados, garotos, rapazes, idosos, silvas, amarais, santos, trindade's, parreira's, pereira's, junqueira's, maluf's... Pelos super Heróis e também pelos reles mortais.
Que seja feita a nossa vontade!
-E que danem-se os outros-
Que possamos por fim ser o que somos, sem medo de errar, sem hora pra acabar, sem jeito de chegar, sem vergonha, sem motivo e principalmente com o puro e livre AMOR. Pois só ele nos afasta do mal e nos mostra que a vida pode sim ser simples, ainda que, desigual.
É isso que chamo de LIBERDADE!
:P
Amandex
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