A menina da Janela

A Menina da Janela

Fábio era um garoto super popular em seu colégio, que estava sempre acompanhado dos meninos mais "aparecidinhos", e rodeados das mais belas garotas da cidade. Ele dividia seu tempo entre jogar futebol com seu time, fingir que assistia as aulas e vadiar pela cidade com seus amigos também jogadores. Ele e sua turminha não eram o que se pode chamar de, bons garotos, eles eram um tanto quanto mal educados e desagradavelmente barulhentos, andavam com os sons de seus carros sempre ligados em um volume exageradamente alto, buzinando e fazendo algazarra por todo canto. Alem do que, estavam sempre acompanhados de garotas fúteis e sem o menor senso de honra, eles ficavam sempre se agarrando de uma maneira nada elegante.

Fábio, apesar de fingir não estava satisfeito com aquela vida desvairada e descontida que levava, ele se sentia vazio e fútil como as pessoas que o acompanhavam e de alguma maneira, em seu íntimo ele odiava ser assim. Ele desejava ser melhor, andar com pessoa que soubessem algo alem de acender um cigarro e fizessem mais do que passar o dia todo pensando quem iam beijar a noite. Seus "amigos" eram assim, não tinham perspectivas, nem planos pro futuro, acreditavam que a vida se resumia a baladas, drogas e sexo.

Ele vivia pensando em como mudar, em como tirar de sua vida aquele vazio que construirá e sustentara por tantos anos. Ate que um dia voltava pra casa pensativo e sem saber que caminho seguir quando avistou pro de trás de algumas árvores uma bonita casa que nunca tinha visto antes com um ar provinciano e um tom de agradabilíssimo, e na janela viu uma linda moça, morena com longos cabelos pretos e uma solidão incomum. Fábio, sentiu de súbito seu coração disparar, suas pernas ficaram bambas, a boca seca, as mãos suaram frio, e ele que nunca antes soubera o que era amor, teve certeza de que o havia encontrado. Agora ele tinha motivos de sobra pra abandonar aquela vida que sempre levara e tornar-se um homem de verdade.

"Agora vejam vocês, eu que nunca fui uma romântica, escrevendo contos de amor com um final emocionantemente vago...(rs) As vezes nem eu mesma me reconheço...Não sou romântica, não acredito em contos de fadas, não sei se quer se existe amor de fato...Mas tenho um inexplicável dom para escrever poemas ótimos (modéstia a parte), contos que fariam qualquer garota chorar, em fim, forjo muito bem belas historia de amor, só não sou capaz de vive-las ou mesmo de acreditar que elas existam de fato."

Amandex